domingo, 26 de abril de 2009

BatePapo

Eu: Oi, como vai?
Você: Tudo bem!

Eu: Resposta de praxe. Que chato.
Você: Pergunta de praxe.

Eu: Então vamos reformular. Oi, que bom te ver. Como você está?
Você: Oi, bom te ver também. Eu vou bem, obrigado.

Eu: Continuo achando sua resposta de praxe.
Você: Pergunta de praxe maquiada.

Eu: rsrs. É verdade. E ai tudo beleza? Tudo certo em casa?
Você: rsrs. Maravilha! A turma de casa tá numa boa. Maninha perguntou por você.

Eu: Estou devendo aquela visita. Saudades do tempo da escola. Quem sempre pergunta por você e o Marquinhos.
Você: Nossa a quanto tempo não vejo este moleque e como ele está?

Eu: Tá numa boa. Casado e tudo.
Você: Nem acredito nisso. O maior galinha da escola casado. rsrs

Eu: É verdade, mas parece que ele se endireitou. Bom, preciso ir andando.
Você: Falou. A gente se ver a qualquer hora.

Eu: Tchau!
Você: Tchau!

Roupa Nova

Mais um ano e agora o blog está de roupa nova. É, Temporário se despiu ao mundo de forma tímida nos anos anteriores, mas chega no ano de 2009 com sede de conhecimento e troca. Significa que este ano ele esta disposto a abandonar todos os preconceitos e mergulhar no novo.

Venha desbravar este mundo novo e fazer parte desta história. O convite está aberto. E sem perder o charme do passado segue uma poesia.

(...)

E vós, ó coisas navais, meus velhos brinquedos de sonho!
Componde fora de mim a minha vida interior!
Quilhas, mastros e velas, rodas do leme, cordagens,
Chaminés de vapores, hélices, gáveas, flâmulas,
Galdropes, escotilhas, caldeiras, colectores, válvulas;
Caí, por mim dentro em montão, em monte,
Como o conteúdo confuso de uma gaveta despejada no chão!
Sede vós o tesouro da minha avareza febril,
Sede vós os frutos da árvore da minha imaginação,
Tema de cantos meus, sangue nas veias da minha inteligência,
Vosso seja o laço que me une ao exterior pela estética,
Fornecei-me metáforas imagens, literatura,
Porque em real verdade, a sério, literalmente,
Minhas sensações são um barco de quilha prò ar,
Minha imaginação uma âncora meio submersa,
Minha ânsia um remo partido,
E a tessitura dos meus nervos uma rede a secar na praia!

(...)

Chamam por mim as águas,
Chamam por mim os mares.
Chamam por mim, levantando uma voz corpórea, os longes,
As épocas marítimas todas sentidas no passado, a chamar.

(...)
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa.