sexta-feira, 5 de outubro de 2007

"Estamos com fome de amor"

O título desta postagem pertence a Arnaldo Jabor, assim como, o texto abaixo que não me canso de ler e reler. Penso que seja porque me identifiquei demais com o conteúdo. Eu recomendo. Segue:

Estamos com fome de amor

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas e saem sozinhas, ou em bandos de garotas sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos. Existe uma falsa alegria nos rostos dessa gente. Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos 'personal dance', incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida? É só ver o que se faz nos estacionamentos dessas mesmas baladas - quando mais longe e escuro, melhor para o casal.

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão 'apenas' dormir abraçados, sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a 'sentir', só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós. Tínhamos a felicidade ao nosso lado e hoje a perdemos, por puro egoísmo de nossa parte, por deixarmos que ela se vá através de nossas mãos.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos ORKUT, o número que comunidades como: 'Quero um amor pra vida toda!', 'Eu sou pra casar!' até a desesperançada 'Nasci pra ser sozinho!' Unindo milhares ou melhor milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega. E ainda existem pessoas que acabam achando que o carinha legal da balada é o homem ou a mulher de sua vida. Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí?

Seja ridículo, não seja frustrado, 'pague mico', saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso à dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza, um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: 'vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida'.

Saudades!!!!

Ah! Tanto tempo longe que loucura. Muita coisa aconteceu de maio para cá; muita coisa mesmo.

Ocorreu meu aniversário em maio. Já estou com trinta; e não pesa. Muito bom ter trinta, mas falo sobre isso depois.

Em junho apresentei minha monografia de conclusão de curso. Ufa!! Uma mistura muito doida de sentimentos. Começou com um nervosismo que consumia minhas unhas (era eu mesma roendo. rsrsr) e foi evoluindo para um aperto no estômago até que como se não tivesse acontecendo nada tudo passou e só alegria. O melhor de tudo foi ter minhas amigas a meu lado e ver a emoção nos olhos delas; sem contar com meu colega de monografia que não se conteve de felicidade; e é claro com o contentamento de minha família.

Em julho foi minha colação de grau. Foi maravilhoso!!!!! É maravilhoso!!!!!

De agosto para cá passei a andar com uma turma pra lá de legal e, certamente, terei histórias dela para contar. Em resumo é isso ai agora vamos continuar....